Juliana Cortez. Tecnologia do Blogger.
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O jogo da sorte


 Era uma manhã de sábado, ela estava com a listinha de afazeres na mão: cabelo, unha, vestido, sapato, coroa, véu, maquiagem, buquê... Sua mãe batia de cinco em cinco minutos na porta de seu quarto, andando de um lado para o outro. O dia parecia tão comum como os outros anteriores, e ela estava calma, relaxada, como se nada fosse acontecer. Uma correria acontecia em  casa, gente chegando, gente saindo, um troca- troca de informações e espetaculações  sobre como ela estava se sentindo. Ela só queria ficar sozinha, relaxar, sem nenhuma pressão psicológica, sem nada que a atrapalhasse, nem mesmo aqueles mimos exagerados das tias do interior. Seu noivo havia mandando uma mensagem, disse que a amava muito, e estava muito feliz, suas amigas trouxeram presentes, e a ajudaram em tudo, mas uma pequena coisa a estava machucando, não que fosse grande coisa, mas ela estava com medo, medo da nova vida, da nova situação, das novas maneiras, de como iria viver daquele dia em diante. Medo de as coisas caírem na rotina, de perder suas amigas, de tudo estacionar, e viver uma coisa diferente. O tempo estava passando, seus pensamento perturbados ecoavam dentro de sua mente, e quanto mais ela pensava, mais ela ficava amuada. Todos estavam na igreja, ela estava terminando de colocar seu vestido, uma lágrima rolou por seu rosto. Vontade de sair correndo, de sumir, vontade de deixar toda aquela insegurança para trás, mas ao mesmo tempo deixar de quem ela amava, de não arriscar seus medos, de não viver o perigo e enfrentar a realidade. O carro parou em frente a porta principal da igreja, um frio na barriga, uma força de ficar lá dentro. Vontade, força, ela saiu, entrou e caminhou calmamente até o altar, sorriu, e respirou fundo. Com o coração disparado, ela respondeu o sim, ela arriscou seus medos e temores. Casou, saiu da igreja com um voto de confiança com sua própria sorte. Hoje, ela vive feliz, teve dois filhos que casaram também e tiveram outros filhos. O nosso casal vive feliz, numa casinha cor-de-rosa, envolta de um grande jardim florido, eles se amam, e arriscaram a sorte para ser felizes, você arriscaria também?

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Sem qualquer saudade

Pode ir embora, não vou sentir a sua falta, não vou me preocupar se meu coração vai doer ou  não, não vou me preocupar se dias depois eu abraçar o travesseiro e ver seu lugar vazio em nossa cama. Não vou ter vergonha de sair sozinha pelas ruas da cidade, nem dos comentário alheios, e não vou sentir ciúmes se te ver com aquela garota de tranças, não tenho medo do que possam falar, tenho a plena liberdade de escolher a pessoa que vai ocupar uma parte da minha vida. Não quero ser mais uma palhaça com olhos inchados, cara de detonada, sorriso forçado, com uma camiseta com um desenho de coração partido. Não, meu amor, eu tenho amor próprio e sei que você assim como apareceu fácil, foi fácil também. Pode ser que eu seja dura demais, mas pode ter certeza, que assim são as verdadeiras mulheres.

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