Distância.
Ela era divertida, falava besteiras, contava piadas, comentava do garoto que passava por ali todos os dias, compartilhava segredos, e não economizava nos elogios. Sempre estava contente, sempre brincava, mas um dia ela mudou, aos poucos foi se desligando desse mundo e vivendo o seu mundinho sozinha, sempre estava ocupada, ficou irônica num ponto irreversível, parecia estar fechando-se dentro de si mesma e evitando as outras pessoas, era gelada, era tenebrosa, como se houvesse uma cerca eletrificada ao seu redor com um aviso: "Não se aproxime." Foi se afastando aos poucos até a sua ausência não ser mais percebida, e depois de se distanciar seu lugar ficou vago, e posteriormente esperando alguem que o preencha, porque me desculpe, viver sozinha não dá, não dá para contar segredos para a parede, nem abraçar o vento.
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1 comentários:
Por acaso deixei você ficar escrevendo sobre minha vida, dona Juliana Cortez? Haha, acredita que chorei com esse texto. Me descreveu perfeitamente.
Te amo <3
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